Uma onda de manifestos se espalha pelas escolas públicas da rede municipal de São Luís – professores e pais de alunos protestam contra o atraso no ano letivo de 2015. As atividades estão paradas em boa parte das escolas por três motivos em especial: insalubridade falta de infraestrutura adequada e falta de segurança.

Na manhã desta quinta-feira (23), foi a vez da comunidade escolar da UEB Galileu Clementino Ramos, na Santa Bárbara, mobilizar a sociedade e chamar a atenção para o descaso com educação no município. “Nós não estamos pedindo favor. Uma educação pública de qualidade é um direito nosso. O poder público tem obrigação de atender à reivindicação dos usuários desse serviço”, disse a presidente do Sindeducação, que está apoiando as manifestações nas escolas.

Na UEB Galileu Clementino Ramos, os problemas se acumulam e os professores e pais de alunos exigem a reforma da quadra de esportes, o aparelhamento dos banheiros, retelhamento, troca de portas e janelas, manutenção na rede elétrica e hidráulica.

Dona Angelina Carneiro dos Reis, avó de um adolescente matriculado na escola, lamenta o fato de não conseguir vaga em outra unidade para que o neto continue os estudos. “Meu neto está em casa sem fazer nada, ele deveria estar na escola. Eu já tentei colocar ele em outra escola, mas não achei vaga”, queixa-se.

Na manhã de ontem, outra manifestação aconteceu na UEB Dom Delgado, no bairro São Raimundo. A escola está com suas atividades suspensas desde janeiro devido a um incêndio provocado por falta de manutenção na rede elétrica. Pais de alunos e professores cobram celeridade na reparação dos danos para que tenha início o ano letivo de 2015.

Segundo a diretoria da UEB Dom Delgado, o secretário municipal de educação, Geraldo Castro, prometeu participar de reunião com os pais de alunos nesta sexta-feira (24). Caso o secretário não compareça, a comunidade já se organiza para mais um protesto na porta da escola.

“ Lugar de aluno e de professor é na escola, por isso a bandeira de luta do sindicato é por uma educação pública de qualidade , por condições dignas de trabalho aos nossos professores  e condições de aprendizagem às nossas crianças , por isso apoiamos e vamos participar de todas as manifestações dos pais, professores e comunidade  para garantir as condições mínimas e necessárias para um processo de ensino e aprendizado efetivo. Nós não apoiamos o ‘faz de conta’ da Semed”, declarou a presidente do Sindeducação.​

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