Correio Braziliense
Os brasileiros estão se casando cada vez mais, e os relacionamentos, durando cada vez menos. Essa é a principal constatação das Estatísticas do Registro Civil, pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Distrito Federal representa bem esse quadro: os brasilienses estão em segundo lugar no ranking dos que mais se casam em todo o país — só perdem para os rondonienses — e em primeiro quando se trata de botar um ponto final na relação. Yves de Oliveira, 30 anos, e Elisa Fernanda, 27, se enquadram na faixa etária mais significativa dos que se unem oficialmente: entre 25 e 29 anos de idade. Os dois — ele advogado e ela nutricionista — se casaram na igreja e “no papel” em agosto deste ano, depois de quatro anos de namoro.
“Foi uma decisão conjunta. Era o caminho natural das coisas. Já morávamos na casa dos pais dela e, depois do casamento, fomos para o nosso próprio imóvel”, conta Oliveira, que pretende ter dois filhos com a mulher. Elisa, que foi nomeada em um órgão público após ser aprovada em concurso recentemente, diz que os dois já viviam de forma independente em relação aos pais. Mas, diferentemente do marido, ela quer ter apenas um herdeiro.
A pesquisa do IBGE mostra que, em 2012, 2,9% dos cônjuges brasileiros do sexo masculino tinham menos de 20 anos. Já entre as mulheres, o índice é 12,4%. A estudante Mikaela Maysa da Cruz deverá fazer parte das futuras estatísticas do IBGE quando o assunto é união antes dos 20 anos. Com 18 anos e grávida de 7 meses, ela planeja o casamento com o namorado Wilton Soares Rabelo, 22, em março de 2014. “A gente se gosta e tem planos, a família apoia, e ainda tem a gravidez”, diz ela, ao justificar a decisão pelo casamento formal.
Publicado em: Governo
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