O certo é que esse discurso falacioso: “pacientes vindos do interior”, não cola mais, cujo intuito sempre foi esconder as mazelas da saúde oferecida pela Prefeitura de São Luís, além de não dizerem o que fazem com os recursos oriundos do Ministério da Saúde – fundo a fundo – visto que o valor vem incluído os R$ 110 milhões para atender os pacientes vindos do interior. Com isso, concordo com o vereador Fábio Câmara quando sugeriu ao Secretário de Saúde do Município, César Felix, que peça sua exoneração…
Discutir o caos na saúde da capital maranhense foi o objetivo principal da Audiência Pública realizada ontem (16), no Plenário Simão Estácio da Silveira, na Câmara Municipal de São Luís. No evento, o vereador Fábio Câmara (PMDB), líder da oposição na Casa, declarou que a falta de ação e de responsabilidade da administração do prefeito Edivaldo Júnior (PTC) na saúde vem provocando uma situação difícil para os hospitais estaduais na capital.
— Durante a campanha, o prefeito Edivaldo Júnior, quase declarou ao eleitor, possuir a varinha mágica que iria resolver os problemas da saúde do dia para a noite. Ele se elegeu, já estamos com doze meses de administração e a situação piorou. Por causa do caos na rede de urgência e emergência do município, as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas geridas pela Secretaria de Estado da Saúde têm atraído cada vez mais a população exatamente pela incapacidade de gestão do sistema municipal de saúde. Só em 2013 já foram 564.167 pacientes atendidos nas quatro UPAs localizadas na capital, — frisou Fábio Câmara.
O parlamentar do PMDB foi bastante elogiado ao rebater as declarações do secretário municipal de Saúde, César Félix, que afirmou no evento que os Socorrões estão lotados e 70% são pacientes do interior.
— São Luís não atende de graça os pacientes oriundos de outros municípios. Na verdade, além de a gestão ser plena, existe a pactuação feita na Comissão Tripartite que trata da distribuição dos recursos do SUS, portanto, é competência da Prefeitura de São Luís buscar meios para cumprir o seu papel, ou então voltar à Comissão Tripartite e dizer que não pode mais atender os pacientes e com isso também deixar de receber os recursos que foram pactuados, — declarou o peemedebista.
Usando as declarações do próprio secretário César Felix na audiência pública, Fábio Câmara não poupou o prefeito Edivaldo Júnior e disparou contra situações que considera um absurdo:
— Secretário suas declarações nessa audiência ficaram arquivadas nos anais desta Casa. Concordo com o senhor quando afirmou que a administração municipal precisa evoluir, pois se cobra muito para quem oferece pouco. O secretário [César Felix] foi feliz quando disse que não tinha estrutura de trabalho, afirmando inclusive, que máquina de datilografia era artigo de luxo na Semus, cobrando a informatização do setor. O auxiliar do prefeito declarou ainda que tirou várias vezes dinheiro do seu bolso para comprar água para beber. E jogou por terra o discurso do prefeito ao afirmar que o Hospital Dr. Jackson Lago era sonho. Secretário, eu só posso lhe dizer uma coisa: peça para ser exonerado que esse barco está afundando, — alfinetou.
Publicado em: Governo