Feliciano diz ter alertado sobre Marina ser a favor de união homossexual: ‘eu avisei!!!’, dispara no Twitter.
Pois não é que o presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou, ontem (22), via Twitter, ter avisado que a ex-senadora Marina Silva (PSB) era a favor de união civil entre pessoas do mesmo sexo. “Eu avisei”, escreveu, citando trecho da entrevista de Marina ao Roda Viva Viva, da TV Cultura.
Como se já não bastasse seu coleguinha Bolsonaro esculhambar os gays num programa televisivo inglês, Feliciano agora partiu pra cima de sua irmã evangélica Marina Silva…
Sua revolta surgiu depois que a ex-senadora foi questionada por um jornalista sobre qual sua posição sobre o casamento gay, e a Marina respondeu ser favorável à extensão de todos os direitos civis aos homossexuais, incluindo a união civil homoafetiva, embora tenha dito que não concorda com o casamento gay enquanto sacramento. “Quanto ao casamento, como sacramento, não, como direito civil, sim”, afirmou.
Feliciano é conhecido por suas posições contrárias aos direitos dos homossexuais. Em junho deste ano, Feliciano escreveu no Twitter que Marina –que também é evangélica– durante as eleições de 2010, se posicionou de maneira contrária à união civil entre pessoas do mesmo sexo e, em 2013, teria mudado de opinião.
Na corrida eleitoral de 2010, hegemonizada pelo debate de questões comportamentais, os três principais candidatos –Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina (então no PV)– evitaram se posicionar de maneira clara sobre temas como o aborto e casamento gay.
Em junho deste ano, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) criticou Marina e afirmou que ela e a Rede Sustentabilidade representavam o “velho conservadorismo” ao defenderem a realização de um plebiscito sobre a união de pessoas do mesmo sexo.
Em resposta, Marina disse que ela e Rede não defendem o plebiscito sobre o tema, uma vez que a questão já está superada após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir pela legalidade da união de pessoas do mesmo sexo, em maio de 2011. Na ocasião, a ex-senadora disse que defende a realização de consultas populares apenas sobre a descriminalização das drogas e do aborto.
Outra polêmica envolvendo Marina e Feliciano ocorreu em maio deste ano, quando a ex-senadora, em palestra na Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), afirmou que o deputado recebe críticas “mais por ser evangélico do que por suas posições políticas equivocadas”. A declaração foi interpretada como uma defesa do pastor, o que incomodou Marina.
Publicado em: Governo