Depois de brigar pelos deputados federais, agora é hora da caça aos prefeitos e vereadores…

Publicado em   22/out/2013
por  Caio Hostilio

Todo cuidado é pouco!!! Os novatos Pros e Solidariedade avançam nos municípios de olho nas alianças e buscam filiar prefeitos e vereadores, isso visando vender suas legendas bem caras… Prazo para filiação de políticos, sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária, termina na próxima quinta-feira. Fiquem de olho!!!

dickbandidoPrefeitos e vereadores de todo o país têm até quinta-feira para deixarem os atuais partidos e ingressarem nos recém-criados Pros e Solidariedade. Pela legislação eleitoral, qualquer sigla dispõe de um mês para buscar filiados após a data de fundação. Como os dois foram aprovados pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 24 de setembro, a correria para fechar o maior número de políticos possível é grande nas cidades brasileiras e pode alterar a base de apoio político dos postulantes ao Planalto em 2014, sobretudo Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). O Pros apoia a petista e o Solidariedade já disse que estará ao lado do tucano.

As legendas dos presidenciáveis no pleito do próximo ano estão de olho nas negociações partidárias. Como as bases eleitorais nos municípios são importantes na definição de apoios locais, a montagem dos palanques passa, necessariamente, pelas alianças entre os partidos. Hoje, os três partidos confirmados na aliança de Dilma comandam 1.715 prefeituras. Aécio tem 980 prefeitos ao seu lado. E a dobradinha Marina Silva–Eduardo Campos, 568. O movimento atrás de filiados sem que haja infidelidade partidária é parecido com o que ocorreu no Congresso no começo do mês, antes de vencer o prazo de mudança de sigla um ano antes das eleições de 2014: 5 de outubro. Quem mudar de partido depois dessa data, no entanto, está impedido de disputar um cargo eletivo no ano que vem.

A procura por novos integrantes também afeta diretamente o cofre das siglas recém-criadas. Na busca pela milionária verba do fundo partidário, que distribui 5% dos recursos de forma igualitária para todos os partidos e 95% de acordo com o total de votos recebidos na última eleição para a Câmara, os candidatos a deputado federal em 2010 que mudarem para o Pros ou Solidariedade levam os votos. Ou seja, mesmo aqueles que não conseguiram se eleger tem potencial financeiro pelo critério de distribuição do fundo.

  Publicado em: Governo

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