Parabéns, Cunha Santos!!! Adorei seu livro “A Comunidade Rubra”…

Publicado em   10/jan/2013
por  Caio Hostilio

untitledCom uma linguagem rebuscada, você, Cunha Santos, soube trazer à tona, em forma de uma crônica (narrativa – descritiva), toda a imoralidade dos seres humanos, seus traumas, suas angustias, suas lutas carne/espírito, a moralidade como uma utopia, de forma poética.

Soube usar a ironia do Surrealismo, passando pela crítica social do romantismo e chegando ao Antropocentrismo do Classicismo e ao sentido de “belo” rústico do Barroco. Um show de desenvoltura literária.

Diante da leitura, desse fabulo livro, fez-me lembrar de um artigo que escrevi em 15 de agosto de 2011 “Tem receita pronta para acabar com a corrupção?”, cujo tema sempre me levou a buscar a mostrar a hipocrisia, o falso moralismo e as fraquezas dos seres humanos.

Vamos ao texto:

Não tem e nem terá, visto que desde que o homem passou a habitar a terra esse mal passou a fazer parte do cotidiano do ser humano em sociedade. Faz parte da personalidade do homem, porém pode-se diminuir em muito esse mal que assola o Brasil em todos os seguimentos sociais.

Existem três tipos de corrupção: a institucional, a cultural e a moral. Contra esta, não há solução. Se você não vê problema em pequenos gestos ilícitos, como molhar a mão de um guarda, não é o Estado que vai convencê-lo do contrário.

É certo afirmar que “deuses” comandam o mundo da corrupção. A burocracia (dificulta o acesso aos serviços públicos e abre brechas para os “jeitinhos”) e a impunidade (os corruptos raramente são punidos – o que gera mais corrupção).

Exatamente porque há um fator moral – e portanto pessoal – que possibilita a corrupção, é impossível extingui-la da política. Mas dá para diminuir o problema. 3 fatores formam a base de sustentação de uma política honesta: educação (leva tempo, mas garante resultados duradouros), participação popular e Estado atuante.

A corrupção começa antes de o candidato se eleger. Campanhas realizadas com dinheiro sonegado – o tal caixa 2 – alimentam a sujeira. O candidato recebe uma grana preta de um empresário e, depois de eleito, paga em favores. É o famoso rabo preso.

Várias medidas podem inibir o uso de caixa 2. Limitar os gastos dos candidatos e usar financiamento público de campanhas, por exemplo. O problema é que elas não resolvem o problema: o dinheiro sujo sempre encontra um jeito de aparecer.

O poder público é obrigado a abrir licitações para compra de materiais e contratação de serviços. O problema é que elas se tornaram foco de corrupção: empresários são favorecidos nos processos de licitação, em troca de propina. O resultado é o superfaturamento: nós acabamos pagando muito por produtos ou serviços que custam bem menos.

Quando a sociedade toda pode acompanhar as compras do poder público, o risco de fraude é menor. Um jeito de garantir essa transparência é instituir licitações eletrônicas, em que qualquer empresa pode concorrer via internet. Tudo às claras.

Político preso é artigo raríssimo no Brasil. A imunidade parlamentar e as diversas possibilidades de recursos permitem que mesmo os corruptos escapem das punições.

A impunidade se acaba com agilização do judiciário. Os próprios juízes deveriam ser eleitos por mérito e notório saber jurídico e não por indicação de qualquer presidente. Em seguida, prender, de fato, corrupto e corruptor.

Simplificar as leis brasileiras e torná-las intelectíveis e não interpretativas, como acontece hoje… Deveria haver uma reforma política, efetiva, eliminando-se as facilidades que existem hoje… onde qualquer um pode se inscrever, basta não ter sido descoberto. Em seguida a própria sociedade deveria entender que grande parte da culpa pelo que acontece hoje lhe pertence por causa da sua passividade, do seu conformismo e do “deixa para lá…

Extinção do que possa ser usado como moeda política como: Cargos, comissionados, Cargos em empresas estatais, Processos sobre a conduta parlamentar deveriam ser julgados pelo supremo para garantir a isenção, Dirigentes com mais de certo número de processos seriam afastados temporariamente até os processos serem julgados, fim do sigilo bancário para quem exercer cargo público eletivo. (assim como na Finlândia), detalhamento de todo o dinheiro público gasto com acesso fácil, público e legível a leigos, Quem fosse condenado por corrupção e outros crimes contra o patrimônio público não poderia exercer nenhum cargo eletivo por 20 anos.

A corrupção tem como combustível a impunidade, coisa que os corruptos não deixaram acabar…

  Publicado em: Governo

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