Que o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, apure o caso…

Publicado em   10/out/2012
por  Caio Hostilio

Costume da abordagem policial: “todo negro é suspeito, até que prove, após apanhar, o contrário!” 

Vitorino Freire/MA: adolescentes são vítimas de tortura

Negros e “suspeitos” de assalto, dois adolescentes foram agredidos por delegado e três policiais civis

A Cáritas Brasileira Regional Maranhão recebeu, na manhã do dia (5), a visita de dois adolescentes, vítimas de agressão por policiais civis na tarde do dia 01/10/2012,em Vitorino Freire/MA.

Acompanhados de suas irmãs, eles foram ouvidos por Iriomar Teixeira, assessor jurídico das Redes e Fóruns de Cidadania do Estado do Maranhão, e Ricarte Almeida Santos, secretário executivo da Cáritas Brasileira Regional Maranhão.

Z. M. S., de 17 anos, conduzia uma motocicleta, com J. D. F. de carona. Ao passar em frente à delegacia da cidade, ouviram do delegado Samuel Antonio Morita Nocko a ordem: “Para, porra!”. Assustados e temendo a apreensão do veículo por não serem habilitados, os mesmos não pararam e passaram a ser perseguidos por uma viatura, guiada pelo delegado, acompanhado de três policiais.

Alcançados, os mesmos foram derrubados do veículo e policiais deram tiros para cima, passando, em seguida, a espancá-los: os adolescentes receberam chutes, socos e coronhadas, violência comprovada em exame de corpo de delito. De acordo com o delegado – que participou das agressões –, eles seriam suspeitos de um assalto a uma loja de utensílios domésticos. Durante as agressões o primeiro foi chamado de “viado” e “negro sem vergonha”, em atitude homofóbica e racista por parte das autoridades policiais.

Conduzidos na viatura até a delegacia, a proprietária da loja assaltada foi fazer o reconhecimento dos supostos assaltantes: não eram eles, afirmou, apesar de incitada por populares a jogar-lhes a culpa. A irmã de Z. M. S. ainda ouviu do delegado: “Me perdoa, eu não sabia que era teu irmão”, antes de informá-la que em coisa de mais “meia hora” iria liberá-los, “para que o povo não fique falando que fizeram tudo isso e deu em nada”. Depois de “justificar-se” perante a massa, o delegado iria à casa do adolescente, afirmar que a moto era roubada, numa flagrante tentativa de intimidação.

Para Ricarte Almeida Santos, nada justifica o comportamento das autoridades policiais: “Mesmo não tendo idade para ter carteira de habilitação ou que não estivesse usando capacete ou qualquer outra infração que ele estivesse cometendo, o dever do Estado é garantir a integridade física das pessoas”, afirmou, repudiando a conduta dos agressores.

“A agressão física é visível, mas não temos nem ideia da psicológica”, afirmou a irmã de Z. M. S., ao relatar que, depois da violência sofrida, o comportamento dele mudou: “Ele fala dormindo, fica tendo pesadelos e relata o caso. Demonstra sinais de fraqueza, outro dia caiu do nada, andando pela casa, de onde já quase não sai. Ele quase nem aparece na porta”, conta.

Iriomar Teixeira afirma que irá ser feita representação pela abertura de um processo criminal contra os agressores. “Assim como o adolescente cometeu uma infração ao pilotar sem habilitação o que os policiais cometeram foi um crime. E por tal devem ser punidos”, afirmou.

  Publicado em: Governo

Uma comentário para Que o secretário de Segurança Pública, Aluísio Mendes, apure o caso…

  1. kleber disse:

    Não há dúvidas de que se o fato veradeiramnet aconteceu desta forma, prtecisa ser apuarado para apuar as responsabilidades. Sr faz necessário também, que a irmã do menor tenha a mesma disposição, para ensinar a seu irmão que o mesmo não deve conduzir motocicletas desabilitado, e não fechar os olhos para isto, pois decorre dessa omissão generalizada das famílias os inúmeros acidentes fatais pór ações desses irresponsáveis, muitas das vezes com a conivencias de seus familiares, gerando dor as famílias das vítimas e despesas a todos nós contribuintes que pagamos os tratamentos hospitalares das vítimas que conseguem sobreviver e dos próprios irresponsáveis condutores que se alastram principalmete no interior do Estado

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