Em que mundo social nós estamos vivendo?

Publicado em   10/jun/2012
por  Caio Hostilio

Primeiramente devemos observar que o que se distingue no cenário social contemporâneo são a velocidade e o caráter permanente das transformações. Mudanças que antes teriam levado décadas ou mesmo séculos hoje se completam num espaço muito curto de tempo. Além disso, as transformações tornaram-se permanentes, gerando um estado intermitente de crise ao qual o homem ainda terá de se acostumar. Para isso, o homem necessita especializar-se, fazer opções, escolher recortes sempre mais restritos da realidade sobre os quais concentra seus conhecimentos.

Portanto, para que existam mudanças, é necessário que se reflita sobre a essência da sociedade e do próprio ser humano, a ponto de parecer justificado perguntar se ainda é possível falar da sociedade ou do ser humano no mesmo sentido como se fazia há algumas décadas. Pois é verdade que conceitos fundamentais como a sociedade de classes, trabalho, proletariado etc. parecem cada vez mais obsoletos, inadequados para descrever a realidade social dos nossos dias.

 Neste surto de mudanças, assistimos também a profundas transformações nas formas de governo com a redução do Estado e a interferência cada vez contundente de condicionantes internacionais que ditam normas de comportamento e de ação não só para as nações do mundo inteiro, mas também, privadamente, para todos os indivíduos.

Diante do exposto, verifica-se que a importância de organizações e entidades no contexto social, principalmente em países em desenvolvimento, é crucial em áreas em que o Estado se abstêm de dar apoio e incremento em suas ações, uma vez que homem excluído da sociedade, maioria no Brasil, não participa ativamente e não têm acesso ao bem-estar, a qualidade de vida, a geração de emprego e renda, a segurança, a educação e a saúde de qualidade.

 Por isso, a responsabilidade social, nesse contexto adotado neoliberal, fica a cargo mais da iniciativa privada… Cadê as políticas públicas? Resumiram-se em promessas mirabolantes, que não conseguem sair das propagandas e das maquetes… Como ajudar a melhorar os índices péssimos nos quais o Brasil e tantos outros países vêm atravessando na atualidade, haja vista que as concepções atuais para o Estado estão voltadas exclusivamente aos parâmetros poder e do capital?

 Com isso, espero que o Estado volte a buscar ações decisivas aos ditames sociais em conjunto com toda sociedade e organizações socais, não somente em programas dentro do clientelismo, mas sim através de programas realmente voltados para o homem poder sobreviver dentro da sociedade.

Espero, ainda, que este artigo sirva para que o eleitor ludovicense reflita sobre as promessas e os programas dos candidatos que querem governar nossa cidade.

  Publicado em: Governo

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