Na quinta-feira (22), estive no gabinete do líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado César Pires, para um bate-papo sobre sua atuação na defesa sobre o empréstimo contraído pelo governo do Estado junto ao BNDS, cujo resultado em minha opinião foi brilhante.
Conversamos sobre vários assuntos, inclusive em áreas cruciais, como saúde e educação… Foi quando o líder me questionou: “Caio, você não escreveu nada sobre a reforma que a governadora pretende fazer?”
Respondi ao ilustre líder que não poderia escrever nada sobre especulações, visto que nada teria sido dito por ela, apenas por aqueles que têm acesso a ela, com os mais diversos interesses e ela deixa não fala nada para não entrar em atrito com nenhum deles… A experiência ensina que, no exercício do poder, tudo se transforma.
Até contei a ele uma brincadeira que fiz com o ilustre secretário de Esporte, Joaquim Haickel, através de um jornalista… Falei ao jornalista: Já que ele está cotado para a Cultura, pergunta a ele se o intelectual conhece o caboclo chupa peito, se ele já dançou cacuriá, o tambor de crioula, bateu panderão ou matraca, já foi miolo de boi… Joaquim apenas respondeu que não estava sabendo de nada dessa história.
O certo é que no poder não há idealismo… É o poder pelo poder… A palavra que vale é de quem tem a caneta na mão para fazer as mudanças… Até depois de tudo acertado e assinado, o mandatário pode simplesmente pegar o ato na frente de todos e rasgar…
O que se disse e o que se fez outrora não têm relevância quando se exerce o poder – ou quando se pretende ascender ao poder.
Ao que se vê, no exercício do poder vai-se além ou fica-se aquém, se recomendam as circunstâncias e/ou as conveniências… Então não adianta especular sobre informações de assessores, mesmo daqueles mais próximos.
A história registra incontáveis episódios nesse sentido. Só não sabe dessa verdade quem não deseja ver.
Portanto, prefiro aguardar as modificações, caso ocorram de fato, e tecer meus questionamentos críticos…
Publicado em: Governo