Muitos governantes acham que detêm a maioria nos respectivos Legislativos. O certo é que às vezes essa maioria não quer dizer afinidade e comprometimento com os anseios de um grupo.
Os governantes erram muito quando não consideram seus aliados como deveria e requer a política atual, cujo objetivo é de quanto mais poder melhor.
Fernando Collor foi o maior exemplo de não considerar e procurar um excelente relacionamento com os poderes constituídos, principalmente Com o Congresso Nacional, que o tirou do poder sem titubear.
No caso Palocci verificou-se que poucos políticos saíram em defesa. E isso tem uma razão de ser. Nesses seis meses, nem a presidente Dilma Rousseff nem Palocci criaram laços fortes com os congressistas. O ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, não é visto pelos parlamentares como o interlocutor.
Para completar, poucos são recebidos nas salas mais poderosas do Planalto. Cristovam Buarque (PDT-DF), por exemplo, pediu uma audiência à presidenta e só conseguiu falar pelo sub do chefe de gabinete…
Como não existe uma relação direta do Senado com o gabinete presidencial, Palocci anda sobrecarregado. Recebe ministros, empresários e sobra pouco tempo para os políticos, que são sentimentalistas demais.
Que isso sirva de exemplo… Um governante e seus auxiliares diretos têm que está sempre em boa sintonia com os poderes constituídos, principalmente o Legislativo, cujo sentimentalismo e os interesses contrariados fazem vários “aliados” entram nas sessões mudos e saírem sem falar, mesmo escutando que o governante e todo seu grupo, incluindo ele mesmo, são corruptos.
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