Política do circo
O cenário da educação pública municipal de São Luís, longe dos padrões ideais de qualidade, é um picadeiro de horrores: aulas suspensas, prédios em ruínas, violência, inadimplência, insalubridade e lamentáveis índices de aprendizagem. Alunos, pais de alunos e professores, ah, esse respeitável público vivencia uma realidade amarga, oposta àquela pintada nos releases disseminados em massa pela Prefeitura.
Mas esqueçamos o azedume provocado pela falência na educação municipal, sugere entrevista concedida pelo secretário Geraldo Castro a uma emissora de rádio local na manhã desta quinta-feira (15). Na ocasião, Holanda e Castro divulgam entusiasmados, a ida de mil crianças matriculadas na rede municipal ao circo – projeto louvável de iniciativa do Le Cirque e São Luís Shopping, vale ressaltar. “Eu quero é que as crianças cheguem em casa e digam aos seus pais: ‘eu vi o mágico e o palhaço’”, disparou o secretário de educação.
Acontece que a sociedade tem expectativas maiores, Sr. Secretário. A sociedade quer aulas, quer escolas em condições adequadas, quer professores valorizados, quer segurança nas escolas, quer condições de trabalho, quer merenda escolar de qualidade, quer concurso público, quer respeito e aplicação dos direitos estatutários, quer construção de escolas, quer a construção de creches, quer o cumprimento dos inúmeros TAC’s, quer respeito aos direitos fundamentais e um futuro digno para esses jovens. Porque, mágica, essas crianças assistem em sala de aula, quando os professores transformam as dificuldades técnicas em aula.
Não é de hoje que a política do pão e circo ronda nosso estado, mas ela tem um cunho mais excruciante quando se elege fantasiada de mudança. A quebra de um sistema falido e a prosperidade de nossa gente tão propagadas em tempos eleitoreiros esvaem-se mais uma vez diante de nós dando forma à desilusão e ao caos administrativo.
Em tempos de desilusão, fiquemos atentos às ações paliativas herdadas da política romana que insultam os nossos sentidos. O circo pintado diante de nós objetiva apenas a perpetuar o poder e a ceifar nossos direitos. Mas, por mais que se tente mudar a cara do descaso, ele permanece latejando na base da pirâmide, porque aqui tem calamidade. Tem sim, senhor!
SINDEDUCAÇÃO
Publicado em: Governo
Professor Caio, de fato as crianças viram o palhaço GC, mais mau humorado do que nunca!
Há muitos professores da rede municipal que merecem toda valorização sim, porem, há aqueles que sequer dão atenção aos nossos filhos. Só pensam no dinheiro e nao tem vocação.
Muito rasteira essa compraração com a politica de pão e circo… eu diria Pré Sal de tao baixo nivel. O que o prefeito e o secretario demonstram com essa iniciativa é que as crianças da rede municipal tambem precisam de momentos de lazer. E é bonito ver que a escola municipal está oportunizando as crianças coisas que nem os pais delas podem faze-lo por suas condições financeiras limitadas.
Pois eu acho a ideia muito boa. A gente nao quer só comida, a gente quer bebida diversão e arte! como diriam os versos da música! Problemas na educação o país todo tem, mas permitir que as crianças vivenciem esse momento gratuitamente foi digno de uma gestao humanizada. Tao de parabens!
Quem quer se passar de coitadinho e deixou o povo otário foi Ricardo Murad. Larga de conversa viúva dos Murad’s… vai ter um bloco na Madre Deus e você será a rainha… Caiete…. kkk.
Confesso que tenho ficado preocupado com a saúde daqui de São Luís, pois não temos ouvido falar em investimentos em materiais, recursos físicos e o pior, recurso humano, onde o cenário que vem se desenhando não é um dos melhores, tendo em vista que a época de concurso público vem chegando e os funcionários da SEMUS, tanto efetivos, como serviços prestados estão aguardando e já se preparando para galgar melhores condições de valorização profissional.
A quantidade de técnicos que vem saindo desta secretaria (SEMUS), por conta do desrespeito só tem aumentado e deixando uma lacuna, onde não vai ser fácil recuperar.
Temos vistos recursos federais voltando a sua origem e correndo o risco de não voltarem mais para esta cidade por falta de pessoal qualificado e ações emergenciais para melhoria do não adoecimento da população.
Nós da saúde estamos tristes por não sermos reconhecidos por nossos gestores e temerosos com a nossa saúde, por falta de entendimento e má vontade em resolver problemas.
Creio que o prefeito Edivaldo Holanda Jr., não terá nem os funcionários, da própria prefeitura, ao seu lado para o próximo pleito eleitoral, tendo em vista que não vem cumprindo e muito menos mostrando vontade em ser reeleito.
Podemos esclarecer que alguns funcionários, chamados cargos comissionados, ligados a SEMUS, com graduação, qualificação e titulação ganham apenas uma imoralidade de r$ 800,00.
Durante a campanha, o então prefeito eleito prometeu moralizar o salário dos técnicos contratados da saúde e nunca se viu nada acontecendo, chegando a sermos ameaçados com a ultrapassagem do salário mínimo que já beira os r$ 800,00 (788,00).
Já os efetivos querem seus direitos respeitados com o pagamento do adicional saúde e dos funcionários da vigilância que não estão recebendo pela semus, onde joão castelo assinou um decreto por 90 dias de suspensão em 02/10/10, tendo em vista que hoje, alguns recebem e outros não, gerando uma insatisfação geral.
Queremos recursos para as progressões e titulações como rege o estatuto do servidor, pois a atual gestão municipal recusa a fornecer, o que é de direito alegando: “indeferimento por não haver previsão orçamentária”
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Serio mesmo que tem gente que se ofende com o sorriso é a alegria das crianças? Só alguém muito mesquinho e pobre de espírito para não reconhecer o quanto significou para essas criancas poder ir ao circo… Cadê a prestação de contas do sindicato dos professores? Essa sim é uma palhaçada sem tamanho…
Concordo perfeitamente com o que você disse: ”Acontece que a sociedade tem expectativas maiores, Sr. Secretário. A sociedade quer aulas, quer escolas em condições adequadas, quer professores valorizados, quer segurança nas escolas, quer condições de trabalho, quer merenda escolar de qualidade, quer concurso público, quer respeito e aplicação dos direitos estatutários, quer construção de escolas, quer a construção de creches, quer o cumprimento dos inúmeros TAC’s, quer respeito aos direitos fundamentais e um futuro digno para esses jovens.”
Mas o espaço escolar também precisa sair de sala de aula, que as vezes são aulas massantes. Acho que a iniciativa foi boa mas precisa ser frequente e com todos os alunos da rede. Levá-los em circo, espaços de lazer, conhecer insdústrias, fazer pesquisas de campo etc.