José Sarney: O reconhecimento de sua gestão no Senado

Publicado em   30/jan/2013
por  Caio Hostilio

claudio02[1]No dia internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, o presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira, médico Claudio Luis Lottemberg, veio ao presidente Sarney trazer “agradecimentos” da comunidade judaica brasileira pela “constante, firme, segura e clara postura” em defesa dos direitos humanos e, particularmente, das questões da causa dos judeus. Também citou a “qualidade humana” de Sarney, reforçando que sua presença na cena política é sinônimo de garantias democráticas.

Lotemberg trouxe ao presidente uma mezuza, tradicional amuleto israelita, que contém pergaminho com trecho da Torah, significando que a casa está defendida por Deus e é tradicionalmente fixado ao lado direito em umbral da porta de entrada. Ao agradecer a homenagem, o presidente Sarney lembrou que já presidiu a sociedade israelita de Brasília e retribuiu o presente com uma salva de prata contendo brazão da República.

expo04[1]Na exposição sobre a Constituições Brasileiras, Sarney destacou os avanços sociais garantidos pela Carta de 88.

O mais longo período de tranqüilidade democrática de que o país usufrui, há 25 anos, deve ser atribuído ao avanço dos direitos sociais promovido pela Constituição de 88, acentuou o presidente do Senado, José Sarney, que convocou a Assembléia Nacional Constituinte quando presidia o país no delicado período de retomada da democratização, pós 20 anos de autoritarismo. A avaliação de Sarney foi feita na abertura da “Exposição: Constituições Brasileiras”, no espaço Senado Galeria, em comemoração às “bodas de prata” da promulgação da Carta de 88: “A partir dela, construímos um país diferente, com a idéia da unidade nacional, de que éramos, e somos, um só país, irmanado num desejo de fraternidade e de superação das diferenças”, declarou depois a respeito, ao destacar, além do capítulo dos Direitos Sociais, o capítulo dos Direitos Individuais e dos Direitos Civis.

Sarney quis a exposição como marco de seus últimos atos na liderança da Casa – seu mandato na Presidência se encerra nesta sexta-feira, dia 1º de fevereiro – porque embora “singela”, carrega enorme significado. A Constituição foi o primeiro passo para a redemocratização e o Estado de Direito, sendo o pacto básico da sociedade com o Estado, explicou. “Assisti sua concepção, sua convocação, elaboração e fui responsável pelo início de sua implantação”, relembrou, sobre o compromisso de elaboração da nova Carta, firmado por todos que participavam do movimento de redemocratização naquele momento, antes mesmo da própria eleição de Tancredo Neves. Rememorou também a tragédia da morte de Tancredo, sua comoção com a notícia e sua responsabilidade de assumir o comando do país em tal contexto. O sucesso da transição que conduziu, o Brasil deve à sua humildade e paciência, características vitais para o político e o fazer político, apontou.

guia01[1]Em cerimônia realizada nesta quarta-feira (30) na sala de audiências da presidência, o Senado lançou o seu Guia de Fontes de Informação, uma espécie de “bússola” para pesquisadores, jornalistas, estudantes e os cidadãos em geral encontrarem com facilidade as principais fontes de informação disponíveis sobre o Senado e o Poder Legislativo.

Resultado de mais de dois anos de pesquisa, o documento organizado pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secs) com apoio da Biblioteca Acadêmico Luiz Viana Filho e outras áreas da Casa, compila 385 fontes de informação em suas 425 páginas, entre elas monografias, dissertações e teses; artigos de periódicos especializados; pronunciamentos; biografias; livros, além de CDs, DVDs e material multimídia.

Para o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que destacou durante a solenidade o empenho dos servidores na elaboração do documento, o Guia de Fontes de Informação sobre o Senado Federal é mais um importante instrumento de transparência da Casa, que serve tanto para auxiliar pesquisas acadêmicas sobre o Congresso Nacional quanto para a compreensão do funcionamento do Poder Legislativo.

– Quem quer estudar a História do Brasil, tem que ver a História do Senado e pode começar por este documento. Esse guia nada mais é do que uma bibliografia, podemos dizer assim, sobre tudo que já se fez sobre o Senado. Aqui nasceu nosso país. Nosso país é uma construção do poder civil, um país baseado nas leis e não na força – disse Sarney, destacando também que o Guia de Fontes é uma obra em construção assim como o Senado.

  Publicado em: Governo

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