“Políticos”… Dá pra confiar?

Publicado em   20/out/2012
por  Caio Hostilio

Uma hora eles estão juntos, em outra estão separados, depois tentam retornar ao berço esplendido… “Se o mundo dá voltas, o mundo político gira milhares de vezes mais que a terra!!!”. Nas matérias anteriores mostrei dos momentos da política, onde observa que o vale tudo pelo poder ultrapassa os princípios democráticos e, principalmente, do respeito a coletividade.

Por isso gosto muito de questionar os “princípios” adotados pela política com o intuito de enganar a coletividade. Alguns se unem e não escondem a união. Outros procuram enganar através de chavões de mudança, mas não mostra que mudanças são essas. Outros sugam o que pode aquele que lhes estendeu a mão e depois se julgam oposicionistas. Tem aqueles que se prestam a servir de laranjas. Ah!!! Veja a coragem de Lula ao assumir a aliança do Maluf em São Paulo…O resultado foi Haddad no segundo turno e liderando a disputa do 2º turno…

Na verdade, é uma confusão dos diabos!!! Foi com esse sentimento que no dia 20/06/2012 postei aqui a matéria “Vai entender “políticos”… Inimigos que se aliam”, onde início de imediato falando do Maranhão.

Vamos a matéria:

No Maranhão é um estado que apresenta o maior número de troca de cadeira já vista na política. Em 2000, Jackson Lago se aliou a Roseana Sarney. Castelo, Cafeteira, Roberto Rocha, José Reinaldo, Cardeninha, José Antonio Almeida, Tadeu Palácio, Humberto Coutinho, Deoclides Macedo, Clodomir Paz, Waldir Maranhão, Brandão já estiveram ligados umbilicalmente com o grupo Sarney e hoje se dizem inimigos… Tem aqueles que pulam de cadeira de acordo com as conveniências, tem os que mamaram nas tetas dos governos Sarneys e se dizem “oposição”, como Flávio Dino, Rubens Junior, Haroldo Sabóia. Agora, vemos o Madeira com o apoio dos governistas em Imperatriz…

O encontro entre inimigos políticos, tal como ocorreu na segunda-feira (18),em São Paulo, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou o até então arqui-inimigo deputado e ex-governador Paulo Salim Maluf, não chega a ser uma novidade no Brasil. 

Recentemente, o candidato à prefeitura de São Paulo José Serra (PSDB) esqueceu todas as críticas que os tucanos fizeram, há bem pouco tempo, e recebeu de bom grado o apoio do ex-ministro dos Transportes de Dilma, Alfredo Nascimento, presidente do PR. Ficaram para trás as acusações de corrupção que tucanos e demistas alardearam por muito tempo até verem Nascimento demitir-se do ministério, em julho de 2011.

Na época, Serra definiu o apoio de forma muito simples e direta: “Estou fazendo uma aliança com o partido, não com pessoas”. Nascimento não diferenciou muito no comentário: “Política é muito dinâmica. É assim que funciona”.

Foi ainda em nome da política que, há 46 anos, o Jornal do Brasil, na edição do domingo 20 de novembro de 1966, publicou em sua primeira página o encontro histórico de outros dois arqui-inimigos, em Lisboa: o ex-presidente Juscelino Kubitschek , o JK, e o ex-governador Carlos Lacerda, chamado por muitos de Corvo.

No ano seguinte, em Montevidéu, Lacerda trocaria aperto de mão com outro político que não apenas criticou. Foi ao encontro do ex-presidente João Goulart, o Jango, cuja deposição pelos militares em 1º de abril de 1964 o ex-governador apoiou.

Como admite o cientista político Fabiano Santos, do Instituto de Estudos Sociais e Política da Uerj, os propósitos e finalidades destes encontros foram diferentes. Há 40 anos, os inimigos se juntaram para lutar contra a ditadura militar. Mas a motivação que os uniu foi a mesma que este ano juntou Serra e Nascimento assim como Lula e Maluf: eleitoral.

Lacerda só tomou a iniciativa de procurar JK e Jango depois de ver os militares que estavam no poder, tendo à frente o general Humberto Castello Branco, cancelarem as eleições presidenciais que tanto o Corvo como JK pretendiam disputar. 

“Todos esses líderes são políticos que só podem prosperar em ambiente democrático, pelo voto. Lacerda, ainda que tenha tido atitudes radicais contra seus adversários, acabou percebendo que deu um tiro no próprio pé ao apoiar os militares. Viu que a aposta dele foi errada. Na época eles se uniram contra a ditadura”, explica Santos. Hoje, para ele, as alianças são meramente eleitorais. 

 O PSDB de Serra busca a prefeitura paulista para, com isso, manter a hegemonia que sempre teve – mesmo quando passou a cadeira de prefeito a Gilberto Kassab, ex-DEM, atual PSD – nos governos municipal e estadual.   

Já Lula, para renovar os quadros do partido, quer eleger Fernando Haddad. Com isto, pretende dar os primeiros passos para conquistar o poderem São Paulo. Paratanto, não se incomodou de transpor o portão da residência de Maluf, deixando para trás o passado de desentendimento. Um passado nada pequeno, pois para os petistas, o ex-governador é sinônimo de corrupção, qualidade que o fez um homem com mandado de prisão expedido pela Interpol em todo o mundo. 

Os tempos mudaram, mas os políticos continuam superando as “inimizades”. Uns o fizeram na defesa da democracia, outros o fazem com interesses eleitorais.  Fica apenas a dúvida de como reagirão os eleitores e os aliados políticos de cada um deles.

Em 1966, por falta de eleição, nunca se soube a reação popular ao encontro de Lacerda  e JK e, depois do Corvo com Jango. Mas o desprezo de alguns aliados foi imediato. Lacerda residia no mesmo prédio que o brigadeiro Eduardo Gomes, da UDN como o ex-governador. Quando os dois se encontraram no elevador, o militar simplesmente ignorou a presença do ex-aliado. 

Hoje, ainda é cedo para se saber a reação dos petistas à visita de Lula a Maluf e dos eleitores tucanos à aproximação de Serra do PR. Mas, entre os aliados, a resposta veio rápida: Luiza Erundina abandonou a chapa de Fernando Haddad.

  Publicado em: Governo

12 comentários para “Políticos”… Dá pra confiar?

  1. Glauber disse:

    FALTOU VOCE DIZER QUE O TEU PATRÃO MURAD ERA INIMIGO DOS SARNEYS E HOJE ESTÃO JUNTINHOS.

  2. Valdeci disse:

    É verdade. Todos já sentaram no banco da escola de Sarney, porém nada aprenderam, foram e são alunos barulhentos e indisciplinados na política.

  3. Márcia Costa Ávila disse:

    Não dar mesmo para confiar. Faça um analise de Ricardo Murad que era contra a Sarneyzada, falava os cachorros para Roseana…dizendo que era uma farsa. Zé Reinaldo que sempre estava ao lado do José Sarney e o traiu.Como falar em geral de a maioria só querem o PODER. Mais pior de todos era Ricardo Murad que xingava pessoalmente Roseana…o q dizer Caio sobre esse homem que és seu patrao e conseguiu a boquinha na SECOM para Vc….olha o q vai postar…..Hihihihihihi.

    • Caio Hostilio disse:

      Xiganva e assumia, pois falava até na televisão… Agora, xingar, fazer musicas depreciativas e ainda querer esconder seus aliados, isso só Flávio Dino e vem fazendo o mesmo com Holandinha… Coisa covarde, você não acha?

  4. Folhas Para Sempre disse:

    Existem dois políticos em quem nós os Folhas de São Domingos confiamos: Gastão Vieira e Joaquim Nagib Haickel.
    Com eles nós sabemos que podemos contar. Eles sempre lutaram pela nossa terra e pelo nosso povo e sabemos de seu bom carater e de sua correção.

    • Caio Hostilio disse:

      Gastão sempre foi um político de lutas pela educação e vem fazendo um brilhante trabalho a frente do Ministério do Turismo e Joaquim Haickel deixou a política exatamente por não aguentar mais as baboseiras que teve que conviver durantes anos.

  5. Valdeci disse:

    Os que voltaram por convicção, como: Ricardo, Cafeteira e etc…tiveram êxito, porém os que continuam em cima do muro ou por trás da moita, pregando, jogando pedra e escondendo a mão com a mesma ladainha de sempre, vão ter que rever o velho estilo de fazer oposição,pois essa de dizer que Sarney é culpado em tudo já não cola mais. Se continuarem assim com o mesma filosofia de sempre ou seja com a macha ré engatada e sem retrovisor, vão continuar acidentando muita gente. Pra dirigir uma Nação, Estado e Município é preciso está muito bem habilitado, do contrário….

    • Caio Hostilio disse:

      É o que vemos!!!! Aqui se calam diante dos bilhões e bilhões que vem para os gestores municipais, que é seis vezes mais que o Orçamento do Estado e jogam a culpa apenas em um gestor por tudo. Será que se esses bilhões e bilhões fossem aplicados corretamente o índice de IDH estaria tão baixo? Eis a questão!!!

  6. silver price disse:

    Quando ficou claro que PT e PSB desmanchariam a aliança que os unia há muitas eleições, o PT mineiro foi o primeiro a comemorar. O motivo: a esquerda pero no mucho do pessebista Marcio Lacerda, o atual prefeito de Belo Horizonte. Ele foi eleito em 2008 com o apoio envergonhado do PT local, a benção de Lula e a ligação estreita com o ex-governador Aécio Neves (PSDB). Foi um raro momento político em que PT e PSDB estiveram no mesmo palanque, e isso na capital do estado que representa o segundo colégio eleitoral do País.

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