Recordar é viver… Nesse dia de finados o blog traz alguns personagens da história que se foram…

Publicado em   02/nov/2011
por  Caio Hostilio

Getúlio Vargas e seu guardião Gregório Fortunato

O Chefe da guarda pessoal de Getúlio Vargas era Gregório de Fortunado, gaúcho de São Borja como o presidente. O Anjo Negro, como tornou-se conhecido, assumiu o posto em 1938, quando Vargas sofreu uma tentativa de golpe, e nunca mais deixou de ser seu fiel escudeiro. Foi acusado de ordenar o Atentado da Rua Tonelero, contra o principal desafeto de Vargas, o jornalista Carlos Lacerda – fato que desencadearia o suicídio do presidente, em 1954. A foto acima, tirada no Paraná em 1950, mostra que o guarda-costas estava pronto para obedecer a qualquer ordem, nem que fosse apenas para arrumar as madeixas do patrão.

JK, o homem proibido de visitar a cidade criada por ele…

Para o saudoso Juscelino Kubitschek, um dos grandes inimigos do regime militar brasileiro, o exílio imposto pela ditadura foi um pouco além do comum. Logo após o golpe de 1964, ele teve seus direitos políticos cassados e viveu no exterior. Voltou três anos depois e disse: “Não posso deixar de confessar que viver fora do País, sem saber quando será possível o regresso, é o castigo mais cruel imposto a um homem que só pensava no Brasil”. Mas poderia ser pior, sim. Quando voltou, JK foi expressamente proibido de pisar em Brasília, chegando o avião que o transportava ser proibido de pousar em caráter de emergência na cidade que ele ergueu. Juscelino ficou sete anos sem ver a sua cidade. Visitou Brasília as escondidas numa cabine de caminhão, numa noite que chovia muito… Foi quando conheceu a Catedral de Brasília e passeou pela a Esplanada dos Ministérios e reviu o Palácio do Planalto. JK só pôde desembarcar novamente em Brasília, no ano de 1976, depois de morto.

Drummond transforma chateação em livro divertido!!!

Carlos Drummond de Andrade foi muito criticado e gozado por causa de “Pedra no meio do caminho”… O chamaram de pedregoso, o poeta perereca ou o poeta cavoqueiro, escutava isso até no ministério em que trabalhava. Como bom mineiro e irônico, Drummmond colecionou por décadas, em silêncio, tudo o que se escreveu sobre a sua poesia. No aniversário de 40 anos da obra, em 1968, finalmente lançou “Uma Pedra no Caminho” – A biografia de um poema. O mineirinho sempre dizia: “Se não fiz de minha dor um poema, como pretendia Goethe, fiz da minha da minha chateação um livro”, brincava Drummond. Contudo, metáforas do poema foram usadas diversas versas por Carlos Prestes, em seus discursos (1945).

  Publicado em: Governo

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